MICHEL MASSON - O ator leva a arte como profissão e almeja grandes planos para a vida artística.

08/02/2012 10:40

 

Apaixonado pela arte de atuar desde pequeno, o ribeirão pretano Michel Masson, de 24 anos, sempre almejou trabalhar com as artes cênicas e já se foram sete anos nesta caminhada de grande êxito e sucesso.

Em 2005, o jovem deu inicio ao fazer artístico e nunca mais parou, e de imediato já estreou com duas montagens de grande prestígio: “Fragmentos de Vestido de Noiva” - livre adaptação da obra “Vestido de Noiva” de Nelson Rodrigues e “Faustino, um Fausto nordestino” de Eliane Ganem, na ONG Ribeirão Encena. Michel acredita que a arte forma, educa e transforma o ser humano.

Formado pela primeira turma do curso  Técnico Ator - oferecido pelo SENAC Ribeirão Preto , ele relembra a corrida contra o tempo para fazer a inscrição; “Recordo-me da correria que foi para fazer a inscrição, tive apenas um dia para correr atrás de toda papelada para poder entrar neste curso em 2007.”. Graças ao seu desempenho e desenvolvimento, ele conciliou o curso com a agitada vida artística, pois desde o ano de 2006 integra a Cia. Teatral Boccaccione, uma das mais conceituadas Cias teatrais da região, e ele afirma:

“O Boccaccione é o casamento da minha vontade artística com a experiência de estar em uma Cia atuante no mercado de trabalho, sem falar que lá é o meu núcleo de formação. E a união de todos os integrantes, que no total somos em dez atualmente, forma essa família da qual tenho muito orgulho de participar e ao ver, que dentro da Cia, forma o artista dentro do trabalho de repertorio de grupo que dá uma certa maturidade e formação artística.”

Michel ganhou no ano de 2011 o prêmio de Melhor Ator no Festival de Paraguaçu Paulista/SP, com o espetáculo “A Igreja do Diabo” onde interpretou a personagem do Diabo, e a indicação de melhor ator no Festival de São Bernardo do Campo/SP, com o espetáculo “Ubu Rei”, interpretando a personagem Mãe Ubu, todos juntamente a Cia Boccaccione.

O artista confessa que está com novos planos para o ano que se segue, partindo para a área do audiovisual, cinema: “ Tenho um grande sonho: ser, também, um ator de cinema.Partir para essa área do audiovisual, isso tudo me fascina. Em relação ao  teatro irei continuar para sempre com ele, até porque o teatro é uma escola para qualquer segmento, seja TV ou Cinema, pois forma o artista, dá esta maturidade para o ator, já o cinema é uma linguagem muito específica que eu quero estudar muito mais. A verdade é que eu gosto de me arriscar nestas duas áreas, como artista e como ser humano.”

Família...

Segundo o ator, ele é o primeiro a se aventurar em uma carreira artística.

“Sempre apoiaram em tudo, e sempre quando possível, estão presentes nas apresentações dando aquela força e encorajando os meus passos rumo ao meu objetivo. É importante pra eu sentir a presença deles nestas horas, pois sempre discutimos sobre os espetáculos, afinal, eles são muito críticos e a gente acaba também fazendo com que a família se adapte com a cultura do fazer artístico.” Explicou Michel Masson.

Planos...

“O artista quando descobre novos rumos nunca se dá como satisfeito, e comigo não seria diferente. Quero poder voar cada vez mais alto. Como sou um “aprendiz de musico”, estudo canto (técnica vocal) e violino, eu quero nos próximos anos investir no teatro musical como experiência de vida, juntando tudo o que já estou estudando há algum tempo, e tenho planos de ir pra fora do país estudar cinema, e ter contatos com alguns diretores cinematográficos.” Afirma o jovem ator que declara a sua paixão pelo audiovisual.

Como diretor especificamente ainda não trabalhou, mas já foram feitos convites, inclusive, o jovem está encabeçando um curta-metragem desde o ano passado, na cidade de Ribeirão Preto, com um núcleo de amigos, que ainda vai ser rodado em data a ser confirmada, e não satisfeito com essa experiência na área cinematográfica, Michel esta assumindo a direção de um outro curta-metragem na cidade de Taquaritinga, interior de São Paulo, intitulado (Caio), uma livre adaptação feita a partir do texto “Além do Ponto” do saudoso jornalista Caio Fernando Abreu, e quem assina essa adaptação é o também ator e diretor teatral Lynno Fernandes.

“A minha atuação no mercado de trabalho até hoje sempre foi 100% como ator, mas aos poucos, e isso já vem há algum tempo, a direção artística tem tomado certa proporção em minha vida profissional, e poder já de cara  começar com a direção de dois trabalhos na área do cinema é muito gratificante.” Ressaltou.

Um investimento de direção na área do cinema e do teatro, estes são todos os projetos que Michel tem a curto prazo, que pretende investir a partir deste ano e através  deles o ator vai pensar em diversas formas de buscar outras experiências dentro destas áreas que, segundo ele, são áreas que quer trabalhar a partir de agora.

Ao ser questionado sobre o mercado de trabalho do fazer cênico, Michel é bem categórico: “Como diria Fernanda Montenegro ‘(...) Vivemos em uma sociedade, em um mercado onde todos querem ser a celebridade, mas o ator mesmo, para viver uma carreira sólida é muito difícil, afinal tem que se ter uma doação, uma preparação, uma paixão em que mesmo doente, o ator faz de tudo para poder estar nos palcos.” Memorizou o jovem que tem uma admiração fantástica pela atriz, que é considerada como uma ‘diva’ do mundo teatral. Para ele, os grandes nomes do fazer artístico sempre serão referências para a vida dos palcos, e que mesmo distante pelo fato de morar no interior, ele sempre irá procurar seguir os mesmos passos que estes ‘monstros’ (no bom sentido), trilharam e continuam a trilhar ao longo dos anos que já se passaram e cita alguns nomes: “ Fernanda Montenegro, José Celso Martinez, Antunes Filho, são ícones que sempre irão me inspirar, assim como o diretor da Cia a qual pertenço, o João Paulo Fernandes, uma pessoa com quem aprendo a cada dia mais e mais, e eu procuro buscar nestas fontes a minha inspiração para o meu crescimento.”

Rapidinhas...

 Fernanda Montenegro?

“...Uma mulher acima de tudo, uma guerreira que consegue com um simples olhar transmitir tudo o que se pede em um texto.”

Teatro?

“ Vida, não viveria sem...”

Cinema?

“Estudo, estudo e estudo... Nunca pensar que o desconhecido é um bicho de sete cabeças, mas sim, um barro que precisa ser moldado de acordo com o artesão.”

Família?

“... Pra sempre quero tê-los ao meu lado me apoiando e acreditando em meus sonhos.”

Público?

“ Parceiro que se não existisse o fazer da arte não teria a mínima graça.”

Cia. Boccaccione ?

“Uma escola que sempre irei lembrar por toda a minha vida.”

Uma palavra para definir 2012?

“ Um turbilhão de coisas”...

O que dizer de seus sete anos de carreira?

“...sete anos de carreira é muito pouco para um artista, porém são sete anos de muita experiência, sete anos firmes, fortes e ininterruptos de aprendizado e montagens diferentes, e em cada montagem uma nova descoberta, um novo rumo, uma nova paixão e espero que seja assim sempre e cada vez mais... Sei que muita coisa ainda está por vir, e eu como bom menino que sou, estou disposto a lutar e me adequar para que possa seguir neste mundo onde tudo pode acontecer!”. Finalizou.